poderia ser chamado loucura
quando escrevo algo
na vida provisória dos disfarces
o que é fato é que eu não acharia
surpreendente
coser palavras ao teu corpo como quem,
arisco, o habita, coroado de renúncias,
enquanto arranjos indecisos
chovendo cântaros de desejos
desgarram-se das minhas mãos
sob um vento leve que modela o seu rosto
José Carlos Sant Anna
Se loucura é saber expressar sentires profundos,
ResponderExcluirem palavras que o vento não leva,
onde a poesia toma lugar definitivo e a mente de quem o lê
se sente envolvida num mundo mágico,
então sim, isso pode chamar-se: loucura assumida.
Grande Poeta é o José Carlos...
Com sua dose de fingidor que todo o poeta tem_
_escreve versos de amor como ninguém. 😊
Beijinhos, Poeta e uma boa semana!
O grande desafio é, em cada dia, voltar a olhar tudo como pela primeira vez, mesmo que pareça loucura, ou disfarce, ou desejo, ou paixão. Só assim nos deslumbramos com a surpresa dos dias e consentimos que um vento leve modele o rosto do amor.
ResponderExcluirTão belo, o seu poema, meu Amigo José Carlos.
Cuide-se bem.
Um beijo.
Hermoso poema,me quedo con estos versos"escapar de mis manos
ResponderExcluirbajo un viento ligero que moldea tu rostro"vuela una imagen preciosa de esos versos.uN abrazo inmenso!
Belo. Belas metáforas! Que haja sempre um leve vento que sopre Amor a cada dia!
ResponderExcluirAbraços e Boa Páscoa!
E você tá esperando o que, meu caro Sant'Anna. Fala logo que tá apaixonado!!!!!
ResponderExcluirA coisa mais linda que existe é escrever uma poema e ler, ler, ler, leeer, para a pessoa amada. Ah! Tá! A pessoa é casada? É proibido se apaixonar de novo pela pessoa com quem se está casado? rsrs...
Sant'Anna, meu bom professor, um dos seus poemas mais apaixonados, e olha que os outros não foram de menor intensidade. E sabe o que entrega essa paixão toda? Uma simples palavra: renúncias.
Um ser humano só renuncia a algo quando ama. O amor tem esse poder, e só ele tem, fazer a pessoa se abster de algo premente a si por outra pessoa.
Versos que me fizeram aquecer a vontade de poetar de novo. Só você mesmo para me despertar isso, José Carlos, ou, como eu gosto de chamar, meu bom professor.
Grande abraço, meu amigo. E ótima semana pra ti.
Marcio
Loucura mesmo! É o que se espera do ser amado, coroado de um certo nonsense e uma série de ditos e actos que saiam da esfera de lugares-comuns e do previamente estabelecido. E, caro José Carlos, senti a emoção em mim lendo esta costura tão bem delineada, com maestria, e diria que é coisa que lhe vem da alma. E tanto foi dito neste seu poema, a intensidade foi tanta, abrangendo um mundo de significações, em tão poucas palavras, que não me lembro de ter lido nos últimos tempos declaração de tal força.
ResponderExcluirEscreva, escreva sempre, meu amigo, e dê-nos prazerosos momentos como este. Confesso-me rendida.
Abraço
Olinda
Bom dia, professor,
ResponderExcluirtanto se fala sobre o amor, o amor que dá certo, o amor
que dá errado, o amor nunca confessado, que os nossos bons
poetas tentam descobrir as dores da renúncia e do descaso,
como a gloria de se ver realizado no amor encontrado.
Gostei muito, professor!
Uma boa continuação da semana.
Beijo.
Uy que tierno y romántico poema ,. Hay siempre que estar cerca del amor y sobre todo darlo. Te mando un beso.
ResponderExcluirNunca é loucura amar perdidamente.
ResponderExcluirProfundo, sentido e belo poema.
Beijinhos e bom fim de semana
En el mundo de los sueños y de las letras, todo es posible, por muy loco que sea.
ResponderExcluirPero eso lo sabes ;)
abrazo.
Lembra Chico Buarque com sua Beatriz: " diz aí quantos desastres tem na minha mão / diz se é perigoso a gente ser feliz / será que é de louça/ será que é loucura / será cenário/ estrela / mentira ou será que é divina? ". Gostei muito JCarlos .
ResponderExcluirO que prefere água ou vinho? Bebo contigo .
Um abraço.
Bendita locura que inspira tan bello poema José Carlos.
ResponderExcluirUn abrazo.
Bom dia, San
ResponderExcluirBelo poema, um forte abraço.
Falas neste belissimo poema que poderá ser " loucura " quando escreves algo na " vida provisória de disfarces; a vida é provisória, sabemos bem disso e os disfarces fazem parte dela, embora, por vezes não sejam aconselháveis. No nosso dia a dia, disfarçamos, tanto em casa, quanto perante os outros e nem sempre é errado; vivemos em sociedade, há normas a cumprir e, mesmo contrariados , temos que as seguir; e quantas vezes o nosso coração chora e o rosto sorri? E aqui, com o ser amado acontece muitas vezes, precisamente porque o amor " fala mais alto" e a tristeza no outro abala sempre. Renúncias também as fazemos a todo o instante e, creio que são sempre por amor, amor aos pais, amor pelos filhos e até pensando no próximo. Quantos pessoas por esse mundo fora renunciam ao seu conforto para ajudar os outros? Muitos, mesmo! Gostaria de ser capaz desse tipo de renúncia, dessa forma altruista de amar mas, Amigo, infelizmente faço muito pouco e não me canso de bendizer esses heróis anónimos que têm um coração verdadeiramente humano; será isto loucura? Se o for, então, bendita seja essa loucura, a loucura de um grande amor como este que expressas no belo poema, pequeno, curto, mas grande na sua essencia e na mensagem que nos passa. Que o vento sopre sempre leve mas com intensidade bastante para espalhar o amor por todo o lado. Um amor assim exige renúncia tantas vezes, mas é com renúncias e compreensão de parte a parte que se consegue que perdure no tempo. Amigo José Carlos, não tenho palavras para classificar este poema...já exprimi algumas, mas não chegam.
ResponderExcluirUm beijinho e que a vida te abençoe sempre com saúde e muito amor
Emilia
Loucura, que é? Não sei...
ResponderExcluirMas sei que este poema é muito bonito.
Serena Semana Santa e um abraço :)
Maravilha tal loucura.
ResponderExcluirO que importa é amar, como escreveu Florbela Espanca, amar , amar perdidamente.
Gostei muito deste poema, caro José Carlos.
Abraço e brisas doces **